quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

nostalgia





Há uma nostalgia
que ao peito assoma
no aperto vindo de mansinho.
Instala-se sem pudor
ao espaço desta saudade
na chuva que aos olhos adivinho.


Para todos, um Próspero 2010, repleto de saúde, amor, amizade e poesia...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

...porque é Natal!


Sim, o calendário
assinala o Natal!
Este ano,
o Pai-Natal
esqueceu-se do presente
mas ainda assim,
há a árvore
e a estrela cadente!


Um abraço a todos,

Helder

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Escola Secundária de Vizela


Decorreu no passado dia 3 de Dezembro uma sessão de Apresentação do livro "Na Fúria do Nós", na Escola Secundária de Vizela. Diante dum anfiteatro repleto pela presença de Professores e Alunos das Novas Oportunidades, tive a oportunidade de partilhar estas páginas do meu Ser, e sentir o calor humano dum magnífico momento. Foi também o arranque da Comemoração do 25º aniversário desta grandiosa Escola, onde frequentei e conclui o ensino secundário.



A noite era fria,
ao entrar naquela sala
um calor se entranhou
até ao âmago do meu Ser.
O esplendor dos sorrisos,
o afago de cada gesto
à ternura sentida na voz,
invadiu-me por completo.

As palavras derramavam a emoção
que vertia ao brilho intenso do olhar
na partilha plena daquele momento!

Nestes simples traços de poesia
perpetuo o meu sincero obrigado
num abraço a todos e cada um de Vós!



Estação Vizela Blog

domingo, 13 de dezembro de 2009

Viajante no tempo




Mergulho na azulada bruma
sob o orvalho gélido do alvorecer...
Atravesso a deserta rua
perscrutando o eco dos meus passos
na sombra do vento...

Destila-se o amanhecer
nos penetrantes eflúvios
da pungente madrugada...

Assoma a claridade
no reflexo cristalino
dos fios de ouro que lambem
a penumbra dos umbrais adormecidos...
Pressinto a ternura do teu toque
no ardente afago da brisa que me beija…

Esperas-me junto ao cais
sob a emanação da maresia
no enlevo do sopro do mar…

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

intervalos asfixiantes




Dissipam-se as horas neste penoso e compassado esvair,
onde o tempo jaz nos resíduos da saudade em combustão…
Árdua a travessia do deserto que meus passos teimam seguir,
percorrendo os vórtices profundos destes caminhos de solidão…


Prostro-me diante desta infame e agoniante ampulheta,
onde escorrem torpes fragmentos em intervalos asfixiantes…
Imploro veemente aos querubins que soprem a subtil trombeta,
estilhaçando este vil relógio em opacos cristais dilacerantes…


Afastam-se os murmúrios dos espectros na noite cerrada,
onde a delicada bruma me afaga em neblinas misteriosas…
Entrego-me de corpo e alma ao resplandecer da madrugada,
flutuando perpétuamente em tuas etéreas asas majestosas…