há na madrugada um abandono ao vazio. como se o coração rasgasse o peito ao corpo nu, sob o pulsar da noite, indo ao teu encontro, seio-amor. e a chuva rebate contra a vidraça quando te beijo na intimidade do silêncio.
Como se percorrêssemos a praia em silêncio e uma estrela do mar beijasse o sorriso aos teus lábios. O sol ao horizonte a nascer em chama ardente, sobre o azul mar profundo. E a maré a encher ao peito, sob o palpitar amor em murmúrio, que se inflama ao sopro do beijo.
Choves em mim e o teu perfume escorre-me pelos poros da pele.
O temporal abate-se sobre a manhã. O corpo ainda adormecido estremece. Pelas paredes da vidraça, intensas gotas de chuva escorrem demoradamente, intumescendo cada poro. Sob a fúria do vento que sibila intempestivo à porta, acende-se a incandescência nos sentidos. Prolonga-se o teu nome aos lábios na ardência dum suspiro.
"Invictus" is a short poem by the English poet William Ernest Henley (1849–1903). It was written in 1875 and first published in 1888[1] in Henley's Book of Verses, where it was the fourth in a series of poems entitled Life and Death (Echoes).
Out of the night that covers me, Black as the pit from pole to pole, I thank whatever gods may be For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance I have not winced nor cried aloud. Under the bludgeonings of chance My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears Looms but the Horror of the shade, And yet the menace of the years Finds and shall find me unafraid.
It matters not how strait the gate, How charged with punishments the scroll, I am the master of my fate: I am the captain of my soul.
Estende-se a noite por entre os violáceos tons que pintam o horizonte. As pardas nuvens apressam-se no céu que escurece.
Sentado no velho banco de jardim, escuto o murmúrio da suave brisa que abraça as ramagens das árvores.
Paira no ar uma sibilante mescla de aromas silvestres.
As estrelas cintilam no infinito como cúmplices amantes. Suspenso na abóbada celestial, imerso no esvair do tempo, espero-te no toque dos lábios, embebido no teu paladar.
Aguarda-te a imaculada rosa encarnada que floresce nas raízes das minhas mãos.