quarta-feira, 6 de outubro de 2010

um.


oiço a chuva cair lá fora sobre as folhas amarelecidas das videiras
e pingar pelas uvas em cacho quase maduras.

penso: o teu corpo nu.

e os meus dedos a escorrer em carícias
a intumescer cada poro da tua pele morena.

a água morna a escorrer
aos sentidos em volúpia incandescente.

o desejo emana lascivo
aos poros ávidos.

há carícias em corrente fogo
a desaguar na foz do incêndio.

entrega plena dos corpos amantes.