terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Comunhão do Pecado


Colo meu corpo no teu
percorro-te com meu olhar fogo
sentes o incêndio que lavra em mim...

Incendeio-te com palavras
embebidas em desejo....
Exploro avidamente tua pele
em carícias profanas,
sulcando um rasto ardente...

Corpos inflamados,
na pira incandescente da paixão...

Cego de desejo rasgo,
impaciente, tuas vestes...
Deleito-me nesta volúpia
estonteante que me enlouquece...

Nesta mistura de salivas
com aroma a frutos silvestres,
rendemo-nos inebriados na
loucura de um tórrido beijo…

Insanos delírios nos trespassam…

Assolados em voraz tempestade,
atracamos nesse teu húmido éden...

Afloramos lentamente esse mar,
na sublime flor de lótus desejada…
No flamejante grito que nos consome,
a súplica deste nossos corpos ávidos…

Escalamos às montanhas,
banhamo-nos nos oceanos,
embalados em altas e baixas marés...

Bramidos ecoam pelo universo,
na imponente fusão desenfreada...
Amantes, possuímo-nos triunfalmente,
na fragrância da alucinante luxúria...


Poema embebido no Cálice do Pecado da Bruma da Noite...

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